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“Cartórios são entidades que existem para ajudar a sociedade a melhor desempenhar atos relevantes a sua vida”
24 de abr de 2023
Tabelião no Cartório de Notas e Protesto de Letras e Títulos de Itaquaquecetuba, no estado de São Paulo, especialista em Direito Notarial e Registral e em formação de Professores para a Educação Superior Jurídica, Arthur Del Guércio conversa com a Academia Notarial Brasileira sobre seu livro recém-lançado “Contos e Causos Notariais”. A obra, que já está em sua 3º edição, aborda num linguajar leve e suave, inúmeros temas demonstrando a importância dos cartórios para a sociedade. Seu novo livro pode ser adquirido no site da Editora YK. Clique aqui e acesse.
Confira na íntegra:
ANB: Como a 3º edição de “Contos e Causas Notariais” se diferencia das edições anteriores?
Arthur: A terceira edição do livro se diferencia pelo conteúdo praticamente “dobrado” em relação aos livros anteriores. O “Contos e Causos Notariais” é um livro composto por artigos que eu escrevo há mais de 10 anos, em formato simples que dão a qualquer leitor uma noção do que os cartórios podem ofertar de bom para a sociedade. Os artigos são publicados no meu blog e no jornal Diário do Alto do Tiete.
Além desses artigos, há alguns inéditos escritos exclusivamente para o livro, que inclusive contam passagens curiosa da minha história, e também tem o meu projeto batizado de “cartório na escola” que são histórias em quadrinhos de quatro páginas sobre conteúdos notariais e registrais. O projeto é em conjunto com dois artistas; Daniel e Fernanda, a gente coloca cada um dos gibis dentro dos contos e causos notariais, o que torna o procedimento de aprendizado mais lúdico. É um livro para qualquer leitor ter contato com as coisas maravilhosas que os cartórios fazem pela sociedade. Mas a principal diferença é o conteúdo mais do que dobrado em relação a última edição.
ANB: Como foi o processo de elaboração do livro?
Arthur: O processo de elaboração caminha bastante ao encontro de um viés do meu trabalho, que é de procurar me comunicar como tabelião de forma simples com as pessoas que vão até o cartório. Muitas vezes as pessoas não utilizam mais os cartórios por um total desconhecimento, e dentro desse contexto, acredito que uma linguagem simples, não rebuscada ajuda as pessoas a compreender melhor o nosso trabalho. Com artigos curtos, rápidos, bastante objetividade, com histórias em quadrinhos que envolvem a nossa atividade, tem tudo a ver com esse meu ideal de simples comunicação daquilo que os cartórios fazem.
ANB: Quais assuntos são tratados pela obra e qual foi a abordagem escolhida?
Arthur: Os assuntos tratados são praticamente todos os atos notariais e registrais, reflexos práticos. Procuro buscar situações curiosas no dia a dia que tem interface com o que a gente faz no cartório. Por exemplo, falamos sobre casos que envolvem personalidades e que poderiam ter sido melhor tratados dentro um cartório. São assuntos de interesse da sociedade como um todo e como a abordagem é sempre um linguajar simples e de fácil compreensão.
ANB: Como a prática notarial é retrata no livro?
Arthur: Ela é retratada por meio de explicações dos atos notariais, temos artigos sobre atas notariais, testamentos, escrituras públicas, reconhecimento de firma, autenticações, e-notariado, tudo está dentro do livro. E também, com situações “pitorescas”, um dos artigos inéditos chama-se “Os testamentos da senhora namoradeira” e a gente conta sobre uma senhora que fazia vários testamentos para os seus namorados em um dos cartórios no qual eu trabalhei. A prática é retratada com essa explicação do que a gente faz, como faz, porque e também com casos curiosos.
ANB: Quais são algumas das reflexões ou mensagens que o senhor busca transmitir aos leitores?
Arthur: A principal mensagem que eu procuro transmitir aos leitores é que os cartórios são entidades que estão à disposição da sociedade para ajudar, e não atrapalhar. Muitas vezes os cartórios são mal vistos diante de sua atuação, são chamados de burocráticos e inadequados. Mas os cartórios são entidades que existem para ajudar a sociedade a melhor desempenhar atos relevantes a sua vida.
Também procuro transmitir uma mensagem de ajudar o próximo. Todos os direitos autorais, são doados para entidades beneficentes citadas no interior da obra, e cada edição é alterado as entidades. É uma maneira de ajudar financeiramente as entidades que estão localizadas em cidades importantes pra mim, mas ao mesmo tempo de mostrar que todos nós somos capazes de fazer um pouquinho pelo próximo, desde que assim o desejamos.
Não precisamos esperar grandes feitos, grandes coisas para ajudar alguém. Podemos fazer um gesto simples, doação de um direito autoral de um livro, um aperto de mão. Essa é uma mensagem que eu procuro transmitir. É um livro de baixo custo para que, colegas tabeliães, advogados possam comprar para si e também para suas equipes, clientes, amigos, colaboradores para mostrar para o mundo tudo o que os cartórios têm de bom.
Fonte: Assessoria de comunicação Academia Notarial Brasileira.